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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FRENTE E VERSO NA ARQUITETURA

 
É lícito ostentar os dois lados
 
 
O Maior Conjunto Arquitetônico Barroco do Mundo. Construída no séc. XVIII a cidade de Ouro Preto é a materialização da necessidade de ostentação de riquezas.  As lideranças religiosas iniciaram a mudança radical da paisagem na cidade. Com o papel de coadjuvantes no Ciclo do Ouro começaram a construir templos luxuosos os e iniciaram uma competição arquitetônica entre as ordens religiosas. A cidade começou a tomar grandes proporções com a instalação de famílias abastadas ao redor das igrejas. Estas famílias que herdaram a necessidade de ostentação trouxeram inovações na construção de suas mansões como a utilização quartzito e do Itacolomi para substituir a taipa e o adobe nos acabamentos das construções.
Atualmente preservar toda esta riqueza não é tarefa fácil. O tombamento da cidade exige que padrões de restauração e reformas sejam respeitados. Estas regras são legítimas, pois buscam a preservação das características arquitetônicas da cidade e da memória imaterial contida dentro dos casarões, nas ladeiras, ou seja, por toda a cidade.
Na parte central de Ouro Preto é nítida a disparidade da conservação dos prédios sob responsabilidade do poder público e algumas construções ocupadas pelo comércio. Basta dar a volta e olhar por trás dos casarões. Janelas e porta caindo, paredes sem reboco com os tijolos aparentes e fios soltos por todo lado. Cenáriobem diferente das fachadas.   
No inconsciente coletivo já está afixada a idéia que os prédios são importantes economicamente e para preservação da historiada cidade. Também está do conhecimento de todos que as leis são mecanismos criados para garantir que os cidadão sejam confrontados confrontados com seus direitos e deveres.
Os prédios sobre o controle do poder público são mantidos com recursos provenientes da população, mas e os prédios que estão em posse de empresas privadas?
As fachadas não verbalizam, ou melhor não têm a habilidade humana de contar o que tem por trás delas.



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